A origem do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio remonta a 1954, quando o Jesuíta Pe. Fernando de Bastos D’Ávila, criou o ‘Instituto de Estudos Políticos e Sociais’. Como disse o próprio Padre Ávila em entrevista concedida em 2007 à Revista Desigualdade & Diversidade:
"Eu estava preocupado com os problemas sociais, eu estudei a imigração como fator para atenuar a gravidade dos problemas sociais. Então foi por causa disso que me enviaram para PUC, para me ocupar dessa temática”.
Na mesma entrevista, Padre Ávila acrescenta:
“Achava que devia educar para ser diferente, para acabar com o contraste social. Como uma minoria pode se apropriar de tal maneira dos bens a ponto de deixar a maioria numa situação de penúria? Esse grande contraste foi o que motivou a minha vocação para a ação social. E procurei fazer o que eu podia, criando esse movimento, criando a consciência da responsabilidade social com um número cada vez maior de alunos. Os novos podiam fazer, tomar a iniciativa de assumir cadeiras, continuar a ensinar os problemas sociais”.
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Fiel à sua missão institucional original, o Departamento de Ciências Sociais se consolidaria nas décadas seguintes como um centro de graduação e pós-graduação que se caracteriza pela permanente busca pela excelência acadêmica e o forte compromisso com a democracia e a justiça social. Não por acaso, dele saíram alguns dos grandes pesquisadores das Ciências Sociais brasileiras, como Gláucio Ary Dillon Soares, Lícia Valladares e Luis Antonio Machado.
O Departamento também se orgulha de ter sido a casa de duas das mais importantes lideranças negras brasileiras: Lélia Gonzalez, foi sua diretora na década de 1990; e Marielle Franco, aqui se formou em Ciências Sociais em 2006.